domingo, junho 4

Cores suavizadas pelo curtir do tempo.
Tintas que secaram ao serem escorridas através dos
Esculpidos leitos ao longo do rosto.
Tuas nuvens carregadas, teu semblante pesado
Fartos fardos empelhados em cima dos teus ombros.
Reminiscência icónica tua - teu rosto de dor.
Expressão vertiginosa do declínio do pundonor.
Resta de ti ave sem asa.
Homem sem palavra alada
Somente árvore abalada.
Ramos teus lambidos pelo vento
Fustigados pelos horrores deste tempo
Deuses sem templos.
Ecóico amor de outros tempos
Orgias bebedoras dos contratempos.

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