sexta-feira, outubro 28

Sinto-me....
Feliz
E não será um dito novo, só que de facto a realizaçao do que nos dá mais prazer é a certeza de uma felicidade. Esperamos encontrar uma fonte de satisfação em arranha ceus, quando é no r/c de qualquer edificio que ela reside. Ao nosso nivel, ali em contacto com as nossas mãos. Sou feliz quando faço o que me apeteçe, quando não penso nada e entro num espaço que é todo meu, na minha cabeça- onde a felicidade se constrói.

quarta-feira, outubro 26

Simplicidade...
Não hoje, Não nunca
Hoje gostava de escrever de um modo simples. Recto, sem oscilar entre uma metáfora aqui uma aliteração ali. Quero pegar na minha realidade e explana-la neste papel sem precisar de me refugiar na subtileza de um eufemismo, de modo a diminuir o seu impacto. Que sejam fortes as criticas que exprimo! Deixar de lado o medo subjacente a uma comparaçao implicita na metáfora, que normalmente, apenas dá um vislumbre do que é, deixando a ilação a cabo do leitor. Hoje as coisas são o que são, sendo comparadas abertamente ao que lhes mais adequa. Exageros de nada servem! Para que serve pegar nisto, eleva-lo ao ponto máximo da sua pujança no corpo de uma hiperbole quando o seu valor é o que ele próprio expressa? Realmente não sei para que alterar as regras da escrita, invertendo os seus elementos; é me crucial desordenar os elementos frásicos só para evidenciar aquela palavra especifica. Não seria trabalho do leitor encontrar por si o que é de vital no que escrevo? Hiperbatos, também de nada me servem. Se calhar só os uso, com medo de ser incompreendida, que vou deixando rastos sequenciais pelas linhas que debito, recursos influenciadores da leitura. E no meio disto tudo, quando melodia nenhuma ouço, nem ruído, nem coisa nenhuma, aproveito a fónetica do alfabeto para criar um som que quebre a monotonia do meu vazio. Aliteração, ali, aliada a nada, aqui aleanada! Embelezo as ideias que compõem o conteúdo dos meus textos com acessos de loucura, momentos esses em que julgo que o poder de um adjectivo é pouco, dois não atingirá o que pretendo, entao uso três! Não me cinjo a uma adjectivaçao forçada ainda lhes definido uma intensidade gradativa, como se um climax se tratasse, que se inicia fraco e acaba numa tensão fenomenal. Expresso me à luz destes recursos, que manipulo a meu vil prazer. E mais uma vez mesmo não querendo, estes fluem directamente das minhas mãos que as escrevem. Como não haveriam de se libertarem do espaço na minha cabeça a que estão confinados se até mesmo esse local é uma mera antítese do que é e não é. Oh!.. Como simples de nada tem de simples e tudo tem de complexo. E até mesmo agora, em que tento não perecer ao poder ilusório do mundo da fantasia, que projecto na minha escrita, ela está presente: a omissão. Sim, a elipse. E que mais não e talvez nada haja e eu esteja enganada. Possivelmente só lá longe longissimo me seja possivel viver sem papel.
“Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo."”

domingo, outubro 23

Oops oh my!!
I did what i did last night...
Vou encarar esta folha de frente; sem medo de mim, e do que possa surgir desta minha mente conturbada e em nada, simplificada. Acrescento por bem, que esta minha confusão me flagela de modo constrangedor. Sinto que tenho demasiados olhos postos em mim, a mirar esta minha fragilidade psiquica que insiste em transparecer através dos meus olhos, e por conseguinte, das minhas expressões de tristeza constantes. Vou cada vez mais, caminhando para um abrigo, que um dia julguei ter em ti, e que hoje não dou com ele. Simplesmente desabou... E enquanto escrevo estas linhas desordenadas repletas dos meus pensamentos e sentimentos mais intrinsecos, encontro me sentada em cima de um vestigio deste meu abrigo, algo parecido a um tijolo rachado. Olho em volta, vejo apenas destroços, como que se um jogo de lego se tratasse que alguma criança desastrada partiu. Quem me dera pegar em cada peça e reconstruir um abrigo tal e qual aquele que um dia esteve presente neste mesmo local. Reergue-lo apartir das cinzas, para que me fosse possivel reeguer-me de novo. No final, ao olhar atentamente fui eu a criança desastrada que à sua passagem arrasou tudo por onde passou - mortifiquei tudo ate a vegestação mais resistente. Numa atitude tanto ou quanto masoquista continuo a olhar para todos os cantos à procura de uma segunda oportunidade, de algo com que possa fazer uma especie de cimento para colar tudo de novo. Como te posso dizer hoje, depois de tudo, que quero reutilizar estas tuas terras? Olha para mim, ve o que eu sinto por dentro! Nada mais te estou a oferecer agora a não ser a minha sinceridade. Não te quero prender à memoria que presentemente é o meu abrigo, mas sim... Não sei. Julgo me uma criança caprixosa, com uma necessidade extrema de abrir a boca para desabafar ao coração, e satisfazer os meus desejos egoistas. Queria tanto, mas tanto, que visses com clareza tudo o que fiz e o porque de tudo ter se desenrolado do modo que foi. Se calhar, nestes instantes em que a minha alma grita de dor, apercebo-me do que me deste um dia e dou te o teu devido valor. Queria, e esta palavra anda aqui as voltas na minha mente - realmente, é egoismo. Porque é verdade, queria poder chegar outra vez e encontrar tudo como deixei um dia, poder me acumudar de novo e retornar.Estou a tentar concertar o que não deve, ou possivelmente, não pode ser concertado. E é neste limiar, que permaneço, castigada pela minha propria consciencia, que só se aquietará quando souber a resposta para tudo isto.

segunda-feira, outubro 17

Instantes

Um instante somente pode terminar o rumo das nossas vidas. Aquele instante torna-se um marco da nossa vivência, ficando, portanto, registado na nossa mente para toda a eternidade. Por mais que os tempos se tornem duros e julges que só existem para te castigar, abraça a oportunidade. Estaremos sempre aqui para ti, com as mãos abertas, desocupadas e prontas para um reflexo imediato para te apararmos a queda. Estas mãos trazem na palma escrita ajuda e amizade, com todas as letrinhas que estas simples palavras têm, com elas escrevemos a nossa união. Acredita, minha querida, agora e sempre, o teu bem-estar será uma prioridade máxima, e tudo que um dia fizeste por nós, todo o sacrificio e dedicaçao que demonstraste, faremos por ti, aliás, estamos a faze-lo. Dar-te-ei a minha pele para te aqueceres, o ombro para ti aninhares, o aconchego de um abraço para chorares, caso queiras. Palavras sao a minha companhia predilecta, que compartilharei contigo em todos os momentos que necessites de as ouvir. Todavia, se calhar, não saberei o que dizer, porém a minha presença terás mesmo que seja para compartilhar o teu silêncio. Este é um periodo em que terás de ver a vida, como um conjunto de dias particulares, para poderes te reorganizar e reencontrar o teu equilibrio. Se um dia te faltou amor, esse dia não se repetirá, prometo-te. Pois amizade como a nossa, só é possivel sendo baseada neste amor fraterno que nutrimos.

domingo, outubro 16

“Touch my mouth with your hands...”
Vem por bem, tomar o lugar que te convém.
Vem tomar o lugar desocupado que o teu vazio deixou na minha cama, já aqui ao meu lado.
Vem hoje deitar-te comigo.
Vem que as noites frias parecem me gélidas sem ti.
Vem pela calada, de mansinho, encher me de carinho.
Abraça-me, devolve me o aconchego do teu regaço, o calor dos teus braços.
Envolve-me por inteiro no teu corpo, deixa-me aninhar nessa tua segurança.
Afaga-me o cabelo, e esta pele carente seca, por tanta água evaporada.
Sinto-me só sem ti, preciso somente que me abraçes até adormecer.
Por favor vem...
Ficar comigo até ao amanhecer.

quarta-feira, outubro 12

A mentira que é viver....
acreditando em ti.

Mentiras povoam a terra que lavras em teu redor. Que eu piso, acreditando que se trata de terra firme, em vez, de lamaçais. E sobre elas caminho, tentando prosseguir, sem me aperceber que são elas que me prendem os pés, dificultando me a caminhada. Tento, mas escorrego, sujo os sapatos que trago calçados. Protelas me a passagem para novos terrenos, com essas tuas artimanhas dissumuladas por entre o estrume e os clastos que te compõem. Analiso minuciosamente para ver o que às minhas solas adere, para me tentar limpar. Nisto, não observo a crescente parede que se gera dois metros adiante. Suja permaneço e pior ainda, estou circunscrita a um quadrado de 3m2 de merda - somente isso. Cai no erro de violar as tuas terras, tão verdejantes um dia. Tão apelativas, quanto destrutivas. Agora, não passa de terra hidrata pelo teu suor, que transborda mentiras. As tuas tóxicas em contacto com a minha pele envenenam-me o espirito.
Continuadamente suja vou morrendo...
Mentiste-me.

segunda-feira, outubro 10

Walk Away
Se calhar precisamos de alguém ou algo que nos mostre como foi. Para que percebamos como é, para podermos ver o que será. O amanha hoje é uma nevua que nos encobre o trajecto. Só uma frase se adequa a este meu pensamento: “We’ve tried goodbye so many days, we walk in the same direction so we could never stray”. Perseguimos um objecto em unissono, lado a lado caminhamos, sem nos vermos ou tocarmos, ou até mesmo sem sequer saber que escondido pelo muro um de nós está. Duas rectas paralelas, por mais extensas que representem o percurso nunca se cruzam, tal como me parece que vai acontecer connosco. Mesmo sem poder ver nitidamente o que me reserva, pressinto que quando as nuvens se dissiparem não te vou ver. Aos meus olhos faltará a tua imagem... Á minha mente faltará a tua, ao meu corpo faltará o toque do teu abraço. Porém, por enquanto, ou, talvez para sempre, só terei as memorias do que um dia fui, foste, fomos. Gastas pelo tempo, e pelas inumeras vezes a que elas recorro. Posso adiantar, que pouca é a diferença provocada por este apartar. Aprendi a recordar. E descobri nesta viagem o reconforto do passado.
Até uma noite qualquer, em que no meu sonho figures...

domingo, outubro 9

Falha, fenda, lasca, racha, falta, defeito, interrupçao...ou tao somente uma decepçao.
Falha. Estou a sufocar. Falha. Estou me a afundar. Falha. Estou a perecer face à esta sufocante e eminente falha. Tento respirar, mas por raio parece-me tão dificil!.. A respiraçao é irregular, provocando uma grande dor dentro do meu peito. O ar parece não chegar e quanto mais tento respirar, o tão indispensavel ar tende a não chegar e começo a caminhar a passos largos para um estágio de panico. O coraçao acelera, o seu ritmo torna-se frenético. Tal e qual, aos meus ataques de ansiedade que pensei já terem ficado para trás. Não estou bem, e julguei mesmo que nunca viria outra vez desenbocar a este local da minha mente tão remoto quanto asqueroso. Sinto uma mutante perda de controlo.... Algo não está bem. Os meus medos e fobias estão aflorar pelos poros que cobrem todo o meu corpo. Falha. Medo da falha, com este só sei conjugar o verbo falhar; eu falhei, eu falho, eu falharei. Continuandamente, como se um ciclo se tratasse mais uma vez o momento crucial estás prestes a dar-se e mais uma vez falharei. Tenho medo. Falha... É algo tão forte, que toda a forte estrutura que pensava ter adquirido se desvanece pelas malhas do medo, que se embaraça em mim como uma aralha tece a sua armadilha. Sinto me como a sua próxima refeiçao, presa às linhas finas para quem olha, que me sufocam, sem ar não consigo pensar, sem força não sou capaz. Falha! Presa a um corpo que detesto, presa a uma mente que protesto, presa estou a este mundo grotesco! Como é tão tenue a linha que separa a felicidade da tristeza. Tantas vezes me parece tão frágil a felicidade, porque apesar de ser vivida tão intensamente é facilmente posta em xeque. Nunca parecer durar, ou então este é somente o pensamento de quem deseja viver sempre assim – nunca felicidade alguma é muita. Depois de tantas letras escritas, o ar já me chega, pelo menos para poder subsistir e tentar resistir. Tenho medo do fracasso. Quem me dera poder vomitar este sufoco e conjuntamente com essa pestilenta mistela a falha!

sexta-feira, outubro 7

Amigas
Sentada à janela a fumar um cigarro, imagino-vos também às vossas janelas ou nos vossos abrigos seguros, também a praticar os mesmo acto. E nesta cumplicidade que nos une, sentimos diversas coisas. O meu pensamento vai de encontro ao vosso, realmente, nestes meus momentos de reflexao voces estão presentes, o que só prova a importancia singular que cada uma de vós tem para mim. Pequenas palavras um tanto ao quanto confortantes são a unica coisa que vos posso dar. Adorava poder vos auxiliar em mais, trocar de posiçao convosco, impedir que se sintam assim. Todavia não posso, tenho que me limitar ao meu corpo e ao pouco que está ao meu alcance para vos ajudar. Como desejo que voces tenham força para ultrapassar este periodo mais dificil da vossa vida. Não podemos saltar esse capítulo tão crucial das nossas vidas, temos de le-lo até ao fim, para assim percebermos a continuaçao do livro. O que eu quero que voces acreditem, nao apenas oiçam, é que sao as nossas mãos que seguram as canetas e escrevem o futuro. Na nossa mão está o modo como traçamos a linha dos nossos percursos. Quando sentimos as coisas tão dolorosamente, onde cá dentro doi, torna-se complicado querer pensar racionalmente sobre. O primeiro instinto é revoltarmos nos contra o mundo. Façam-no, exponham-se, libertem-se de todos os sentimentos que as magoam. Ao compartilharem torna-se mais fácil suportar, aos nossos olhos a dor não diminui mas parece mais facil de ultrapassar. Amigas, um dia, dois dias, tres dias, perdi-lhes a conta - voces tiveram lá - algumas vezes ao compartilhar o meu silencio, outros com palavras de força, ou tão somente um abraço. Agora quero eu dar vos um pouco que voces me deram. A vida é um dar e receber incessante.

segunda-feira, outubro 3

O teu nome...
No meu pensamento formou-se o teu nome. Mais uma vez, dou comigo a pensar em ti. Magoa-me bastante estar aqui confinada à solidão destas quatros paredes, sem saber o que estáras a pensar - onde quer que estejas. Nem isso sei... Aliás, nada sei mesmo. O tempo passa, deixando a sua marca: a da distancia. Os dias viraram semanas, caminham a passos largos para meses e continuo sem saber quando te verei de novo. E interrogo-me mesmo se um dia te reverei. Temo que esta falta de proximidade já tenha causado o seu impacto em ti e em mim. Se calhar nunca tivemos destinados a tornarmos nos algo. Neste instante inumeros pensamentos estão a flutuar na minha cabeça, sem que eu os consiga travar e, consecutivamente, deixar de escreve-los. Não quero dizer o que no meu intimo me assusta, uma vez que não quero acreditar que isso tenha acontecido. Tudo me indica que sim, eu apenas tento me cegar com os momentos que passamos juntos. Curtas conversas no msn, mensagens nem le-las, telefonemas nem ouvi-los... Será que deixei de fazer parte da tua vida? Nisto baseia-se o meu medo, perder-te. Ha dias em julgo que eu propria me esqueci de ti, até que por razao nenhuma retornas mais forte do que nunca. E aí sim, sinto extremamente a tua falta. Nunca contigo pensei que te tornasses o que es para mim hoje, nunca achei possivel sentir tanto a tua falta. No final, achei que era um sentimento efemuro. Uma vez reniciada a vida, te deixaria para tras enclausurado num capitulo com o teu nome, no meu livro de memorias. E o que vivi contigo se tornaria passado. Presentemente não sei o que ei de fazer aquando destas horas mortas em que a minha mente desocupada insiste e presiste em pensar em ti. Queria ouvir a tua voz a dizer sinto a tua falta, queria ver o teu olhar ao dizeres me adoro de novo. Queria confirmar que tudo foi algo tao marcante para ti como foi para mim... Sabes que mais? Vou sair de casa e telefonar-te...
Adoro-te