quinta-feira, setembro 29

Stress
Para que te vas a reventar (vende la cuenta y cambia el show) Para de pensar y pensar (cuidao con la mente que explota al glow) No arrastres más tantos problemas de que tu vas (déjala ya dentro de tu stress)”

Dominados somos pelos problemas com que nos deparamos diariamente. Com a força de mil toneladas, esmagam-nos a mente contra as pedras da calçada. A cabeça doi, as nossas entranhas gemem, o corpo lateja. Quando mais tentamos racionalizar o dito problema, mais parece que nos absorve e fustiga-nos ainda mais. As chagas aumentam, a dor atinge pantamares nunca antes cogitados. Rezamos a um Deus que nao conheçemos, ou quem sabe não acreditamos, esperando à luz do céu que tudo se desvaneça num mistério. Uma força de maior calibre que nos transcenda, esperando apenas que esta exista e consiga então realizar o que dás nossas maos foge – a resoluçao. Com os olhos postos na tenebrosa atmosfera nas noites gélidas de inverno, sonhamos. A nossa mente flui pelos rios da imaginaçao, o nosso corpo transforma-se numa canoa e pelos rápidos abaixo a manobramos até às águas calmas das lagoas. Os limites são as margens que nos ladeiam, a chegada locais mágicos tecidos pelos fragmentos dos nossos desejos. Aqui não há nada de inalcansavel, impossivel e nada nos transcende. Tudo está a distância das nossas duas mãos. No leito correm as nossas memórias das quais algumas desejamos fugir e outras que queremos atingir. A atmosfera adensa-se e pequenas gotículas de orvalho formam-se nas folhas das plantas. O frio aumenta, enregelando-nos obrigando-nos a procurar algum calor nas paisagens da nossa imaginação. E de repende, uma gota solitária atinge-nos a nuca, escorrendo pelas nossas costas abaixo e arrepiamo-nos, quebrando o elo corporeo-mental. Retornamos e só aí reparamos que está a começar a chover e que áquela primeira gota estão lhe a suceder muitas mais. No meio do nada, com os olhos postos no céu, a água molha-nos a cara, e de repende, sem mais nem menos já não sabemos se é a chuva ou as lagrimas que nos molham o rosto. Tristes por lutar todos os dias neste mundo, cuja origem desconhecemos ou meras teorias possuimos. Duvidamos sobre o que há para além do horizonte e desejamos que haja alguém ao sabor da noite noutro canto qualquer da galáxia a reflectir também, a sonhar. Confere-nos segurança, pois não estámos sozinhos no mundo. E quem criou o solo que pisamos criou igualmente outro para outros poderem apreciar o dom de viver. Hoje somos corpo e mente, matéria e alma. Lutamos todos os dias, acordar já é um acto de força e encaramos o mundo de frente, preseguimos o que queremos, tentamos ser felizes. Vivemos, sonhando com outros cenários, absorvidos por um mundo paralelo que em nada é real. Um escape para as preocupaçoes diarias ás vezes tão mesquinhas. Damos demasiada importancia a coisas tao insignificantes, que nos ferem na mesma intensidade. No final, nao apreciamos a vida na sua inteira plenitude. Procuramos a felicidade em cima de tudo, a paz connosco proprios, com os outros com o mundo. Desejamos navegar em águas limpidas e translucidas em vez dos esgotos opacos urbanos. O nosso corpo não nos limita, é o meio que temos de prolongar as nossas mentes e podermos de facto, realizar os nossos desejos.
Pinto as telas diarias com as cores da minha imaginaçao.

terça-feira, setembro 27

Vazio
Papel. Cinzeiro. Tabaco. Isqueiro. As minhas unicas companhias, aliás, tu és o unico, os outros nao passam de artefactos aliados ao vicio fisico. Tu pertences as minhas dependencias mentais. Quando combinada com uma caneta, transcendes todas as minhas espectativas. Tornas-te um poço de possibilidades infinadaveis e variadas. Tanto pego em ti e te aconchego no meu intimo, como igualmente te mancho de borroes de tinta, desenhos sem nexo e afins. Contigo exteriorizo-me, liberto-me e desabafo. És, sem sombras de duvida, o amigo ideal, que ouve e nao questiona até acarbamos o nosso discurso muitas vezes tenebroso, complexo e em nada organizado. Todavia, tu tens uma paciencia sem igual, nao interrompes até que coloco a caneta de parte e olhas para mim silenciosamente. Olhas, fixas-me, prendes me a atenção. E interrogaste; reorganizas os caracteres e formulas as questões. Sempre com os olhos posto em ti, leio as tuas pertinentes interrogações. Espero que des por terminado o teu interrogatorio e volto a pegar na caneta, que aguarda ansiosamente o round 2 e respondo-te delicadamente. No final sobram apenas os espaços em branco, deixados pelas letras do nosso dialogo que se predem a ti pelo elo quimico da tinta.
Enquanto houver papel, terei sempre um abrigo...
Ó meu...
Que ei eu de fazer quando as saudades baterem a porta?
Que posso eu fazer para quitar a tua falta?
Que ei eu de fazer nas claras noites em que penso em ti?
Que posso eu fazer quando o desejo aperta?
Que ei eu de sentir quando nao estas comigo?
Que posso fazer nos dias em que nem a tua voz oiço?
Que ei eu de fazer para ultrapassarmos isto?
Que posso eu fazer da minha vida sem ti?
Ó meu...
Não há nada a fazer.
Não ha soluçoes.
Não ha o divertimento que so tu proporcionas.
Nao ha carinho.
Nao ha abraços.
Nao ha beijos como o teu
Nao ha sorriso igual, ou parecido ao teu.
Nao ha ninguem como tu.
Não há nada sem ti.
Ó meu....
Alimento me de memorias de momentos passados; contigo...

domingo, setembro 25

“I can feel you pull away...”
E uso esta folha como sendo o único modo que encontrei para te dizer o que me vai na alma. Uma vez que as minhas palavras não podes ouvir, mesmo que grite, por mais perto que estejas não me irás ouvir. Por mais que me custe, julgo que a razao está em nao quereres. Tantas vezes me ouviste, que haveria de chegar o momento de romper com esse ciclo vicioso. Tudo entre nós, ao longo destes anos, parece ter um dado padrão. Tentando romper com esse padrao, rompi connosco. Ao tentar que fosses feliz, que caminhasses pelo teu proprio pé e prosseguisses a tua vida, fui me tornando progressivamente a má da vida. Porquê? Porque fui a unica que teve a coragem de tomar uma decisao por mais errada que esta fosse.
Quando nos separamos ficou o vazio que o teu espaço ocupava em mim. Estavamos demasiado absorvidos pela presença um do outro, dependentes até. E eu nunca me tinha sentido dependente de nada, muito menos de ninguém. Este apartar deu lugar novamente à amizade que um dia tinha existido. Todavia, nao podemos negar que depois de tudo, uma amizade seria prematura pois nunca seria uma verdadeira amizade. Afastamo-nos, aliás, eu provoquei tal. Suspendi a nossa amizade, mesmo sabendo que a vida não para, assim como, nenhuma dor quando iniciada pode ser travada até se encontrar a cura para tal. Cura essa personaficada por um dialogo que permitisse a resoluçao das nossas questoes. Tudo foi esclarecido, iniciando mais um ciclo. Os erros repetiram-se, o tempo nada tinha alterado em nós, a meu ver. Recentemente, deu-se mais um corte, mais uma vez saquei do bisturi e cortei o nosso elo de novo. Mas desta vez ha algo definitivamente diferente. Ha algo em ti que nao me deixa suturar o estrago. Não me deixas explicar os motivos, as razoes, os porques que nos levararm a este ponto. Um ano de oscilaçoes, de correntes e vagas sem conseguirmos alcançar algo, já nao digo igual, mas semelhante ao que tinhamos antes de tudo. Não te sei dizer porque que as coisas se processaram assim para nós. Sei que pela primeira vez estás a fazer o que eu te pedi inumeras vezes, acontece que nao olhas a quem. Magoei-te inumeras e sucessivas vezes, que se calhar estas te ensinaram a preservar-te da minha presença. Pois, que sou eu se não somente a personificaçao do mal? Para ti, fui um dia fonte de toda a felicidade possivel e toda a dor que tu achavas ser impossivel haver. Agora peço-te encarecidamente que me deixes dizer-te uma palavra – desculpa. Gostava de te a dizer sentados a comer gelado no banco do carro. Ou então, nos degraus que existem aqui ao lado. Ou talvez... naquele jardim à sombra daquela arvore.
Selando de vez a nossa história.

Quando o fim bate a porta, ha que deixa-lo entrar...

"I've been down here before lost myself and so much more find my way out of the game again open up my head and take it in just like always "

quinta-feira, setembro 22

Olha esta é definitivamente para ti...
(tu sabes que sim)
Já me esqueci quando me deixei de preocupar com os motivos. Não me interessa, tens um valor para mim, que por mais palavras que juntasse, nunca conseguiriam atingir a magnitude daquilo que nutro. És especial. Quero que venças na vida, quero que consigas atingir tudo aquilo que desejas, tudo aquilo que precisas para ser feliz. Quero que a vida não te fustigue e te confira um sorriso permanente. Mereces, tudo isso e muito mais. Quero para ti o melhor da vida, quero que tudo aquilo que faças te traga apenas satisfaçao e bem estar. Quero que um dia olhes para tras e vejas que retiraste o máximo possivel de tudo aquilo que este mundo tem para oferecer. Todos os erros, ou atitudes que te tenham feito pensar duas vezes, apenas tenham servido para aprenderes e cresceres melhorando o teu já bom ser. Porque tu.. Sim tu, és um dos seres mais bem moldados que conheço. Os teus valores são os mais nobres da infindavel lista de principios que podem haver. Sinceridade – os teus olhos dizem tudo. Honestidade – está no reflexo das tuas atitudes. Amizade – o modo como lidas com quem te rodeia. Capacidade é o que não te falta, a base está em ti. Luta pelos teus sonhos. Cá estarei para te ajudar a manter a rota que traçares, dar te força quando pensares desistir, uma palavra carinhosa nos dias mais tristes e presentiar-te com um sorriso quando o alcancares – ao teu sonho.

Um beijo enorme de quem gosta muito de ti.... ou seja,para q n haja duvidas,EU!

domingo, setembro 18

Porque dar a sentir o sabor de algo por breves instantes? Apenas para poder recorda-lo? Será? E o facto de apreciarmos e querermos mais, nao era aspecto a ter em conta? Nao interessa o que eu possa sentir sobre isto? Foi mais um dos teus caprixos? Nao ves, que uma vez dentro nao quero de lá sair e agora obrigas me, de modo doloroso e lacinante, a tomar o meu lugar de novo, a retornar as minhas origens. E aquilo? Sim!, aquilo, aquela, isto, esta situaçao? Porque que me obrigas a sair, porque ca nao posso continuar? Porque ha esta distancia enorme de tão grande que é... Porque? Porque me aprisionaste assim, sem me deixar escapatoria aparente, se não o retorno? Nao poderia ter sido diferente? Podia, realmente tens razao, poderia nunca o ter experienciado a primeira vez, nem saberia o que estáva a perder, as minhas memorias seriam mais pobres. Mas, foi assim que quiseste e foi assim que me cruvaste e humilhaste face a este sentimento. Sinto-me fraca, quero, quero, quero, quero! Ai que egocentrismo extremo, todavia não consigo deixar de lado os meus desejos, e penso nos teus! Irrita-me a um ponto máximo, que me tenhas dado a provar uma goticula do liquido, sem teres intençoes de me dares o frasco. Enganas-te me vida... Ludribiaste-me.... Ganhaste!
Sao tempos e tempos. E que tempos sao estes? Sinto, pela força das experiencias que vivi, que existem momentos dispares, isto é, únicos. Oportunidades que não se repetem como do mesmo modo atitudes que só tomadas naquele momento peculiar provocarão os efeitos que queremos. Perde-las é um desperdicio total e irrecuperável. Por vezes, prendo-me aos “se” da vida, e começo a indagar sobre tal situação a decorrer noutro cenário. Pois “se”, “tal” teria sido diferente. Mas, não! Não posso sequer pensar nisso, seria como viver numa realidade paralela – a projecçao dos meus caprixos. Nao devo, nao posso, negar o motivo que me leva a escrever isto, em suma, nao consigo.
Acho que devagar estou a reentrar na realidade, no meu mundo, saindo assim do teu...
Por mais que tente nao consigo parar a sucessao destes nossos tempos...

Sucessivamente mais longes...

quarta-feira, setembro 14

Desnudada
Hoje sinto esta necessitade sufocante de chorar. Vou caindo, penetrando cada vez mais nesta obscuridade que não temo. Pelo contrario, caminho ao longo desse ermo trilho sem medo. Aquela primeira lagrima está prestes a emancipar-se enquanto escrevo estas frases e o telemovel toca, provocando o meu retorno à realidade Estou enclausurada pelos meus pensamentos, irradicada na minha mente. Enquanto ela nao brota permaneço neste estagio de ansiedade, absorvida pelo tic tac enfernal do relogio até às horas da libertação. Não serão totalmente lagrimas tristes, serão também lagrimas de satisfação. Tanto que eu passei até chegar aqui, a este ponto, tanta dor, tanto sofrimento, solidão, o que eu vivi não desejo a ninguém, nem aos miseraveis desprovidos de ser. Nem acredito que por tal percurso envendrei, ainda menos como de lá sai sem sucumbir. Ai, como me senti perecer vezes sem conta, como as forças me faltaram em momentos cruciais. E agora sim, ela – aquela lagrima – caiu ao som destas palavras “I’m calling you...”. Nem sei se foi o que sinto no meu intimo ou a voz do Jeff que despoletou esta correntesa. Dia este de reflexão, em que só quero ficar sozinha, quieta na segurança dos muros do meu mundo. Devia rejubilar de felicidade, porque eu fui capaz de alcançar uma saida quando não haviam portas, de ver o fim quando não havia luz, de vislumbrar a felicidade quando so havia dor. Hoje sim, choro, porque preciso de me libertar de tudo. Choro, esperando que esta água liquida solidifique de modo a congelar este passado, pondo assim um menir neste capitulo. Passado, é isso, e sorrio com a cara fria por isso. Nem vale a pena pensar mais ficou lá atras apartir do momento em que consegui construir uma porta moldada no escuro com a penumbra, apenas com as minhas duas mãos, dei-lhe a forma que a minha mente ditou e quando terminada por ela atravessei, e cá cheguei. De novo à vida, a mim. Reencontrei a beleza nas pequenas coisas, nas pessoas, no mundo envolvente. Saí, donde nunca deveria ter entrado e dei de caras com o mundo que um dia abandonei e encontrei uma pessoa nova – eu. Era de estranhar que tantos sentimentos nao me tivessem alterado, porque de facto nem eu, que dentro daquele antro tentava ser racional, nao fosse afectada por tal turbilhao. Um pé em falso e descanbei. Suspiro de alivio. E abarco este meu novo ser em toda a sua plenitude. A diferença que dantes julgava ter, modificou-se e deu lugar a uma chave. Chave essa que me permitirá ser feliz, chave essa que se chama Sara.
Sem topico

Nao tenho nada a acrescentar a este cenario deveras putrificado pela merda de muita gente. Isto anda pobre, a sociedade está doente contraiu febre tifoide à pala das salmonelas que contaminaram a água da Manuela Moura Guedes. Nem se sabe como lá foram parar, eu é que nao me admirava que o contagio se desse atraves do consumo de alimentos de proveniencia animal. O modo canibal como nos comemos uns aos outros era o mais provavel. Algo me diz que os surtos de raiva vao aumentar. Se não por uma via é por outra, o Staphylococcus aureus acaba sempre por entrar e, se não é ele sao outros. Agentes patogenicos sao os que nao faltam, até posso enumerar! Estupidez, cinismo, hipocrisia, egoismo e uns tantos outros... Nao vejo meio de isto acabar. Se nao é o que ingerimos, é o que respiramos. Ar viciado este que inalamos!, desse modo posso compreender como ha tanta gente mentecapta, possuem a duramater e a piamater, ou seja, as meninges que ocupam o espaço entre o osso do cranio e o cerebro propriamente dito, inflamadas e nem sabiam atrofiando assim as suas capacidades mentais. Prevençao nao ouviram falar, vacinar - o que que nos vao inocular?! Valores, principios, cultura, acho que nao dá. Será possivel operar?

terça-feira, setembro 13

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.

Eugenio de Andrade, in Jardim dos Poetas

sexta-feira, setembro 9

Que seja tão ou ainda mais mágico...
Ha tanta coisa que mal consigo entender, quanto mais explicar ; como tu e o modo como me fazes sentir quando estou contigo. É tudo tão estranhamente diferente – estranheza essa que me apraz bastante - e de, certo modo, especial. Sei simplesmente que longe de ti sinto a tua falta. Desejo estar contigo, ouvir a tua voz, tocar te, abraçar-te sentir o teu calor... No meu intimo sei que tudo o que preciso tu és; a realidade que perscrutava na minha ilusão. Dás me uma sensaçao de segurança que nunca poderia cogitar, como é que tu (sim tu!) me tocas assim? Tantas questões aparentemente sem resposta verbal, mas com uma unica certeza sentimental é tudo o que sei sobre ti.
Ha algo em ti que me faz acreditar, ha algo em ti que me faz viver, ha algo em ti que me faz temer o futuro.
Ha algo em mim que ainda nao soube decifrar, ha algo em mim novo, ha algo em mim que é parte de ti.
Ha algo em nós, isso sei eu.
O que iremos nós descobrir...
Mind this...

Até que ponto as palavras podem ter poder suficiente para nos atingirem, por vezes feitas lanças cuja ponta aguçada no espeta, outras tao suaves quanto melodias que ouvimos dia a dia juntamente com o som da vida urbana. Palavras sao a base de toda a comunicaçao possivel, servem para exprimir pensamentos e sentimentos, opinioes, tecer criticas destrutivas/ construtivas, em suma toda a especie de juizo. Como é que uma mesma palavra consegue ser tao dual a ponto de servir para um elogio, assim como uma acusaçao? A esfera do voculaburio permite qualquer utilizador do codigo linguistico formalizar o seu raciocinio, nao obstante a facilidade de abrir a boca e falar o processo nao é tao simples para alguns (a maior parte). As palavras sao como pedaços que podemos moldar como o nosso espirito nos dita, podemos ser inovadores, gentis e até mesmo ostis. Palavras, essas sim merecem todo o respeito usamo las constantemente e so possuem o poder que lhes conferimos. Pior de tudo, é o modo como as proferimos, o sitio onde colocamos esta e aquela palavra de modo a causar um maior impacto, ferir mais quem sabe, so depende do desejo de cada um. A propria linguagem em si, é um modo publicitario, o “slogan” é feito de modo a atingir um alvo pré-definido. Escrever é ainda um maior desafio, argumentar entao é o climax de qualquer especie de comicio linguistico. As palavras são, no fim de contas, uma arma que nos salvaguardará em qualquer situação e dar-nos-á uma opçao de escolha quando temos que lutar face um confronto. Dialogo é a resposta que nos foi dada desde que aprendemos a primeirissima palavra, é pena esquecermos nos de tal dádiva tantas vezes menosprezada.

terça-feira, setembro 6

All of those harsh thoughts so unkind...
A minha mente não se aquieta. Permanece neste ritmo alucinante, oscilando entre a realidade concreta e uma ilusão abstracta. Nao sei o que a dita, talvez somente a mente, talvez tambem o coraçao. No final de contas nao me adapto a este espaço. Quando dou me conta a minha mente já está a quilometros de distancia a tecer inumeras situaçoes hipoteticas. São esses momentos em que sei de certeza que nao quero permanecer aqui. Quero continuar a viver, viver cada vez mais, cada instante, cada fracção de segundo, cada minuto, hora, dias, semanas. Nao ha culpa alguma em querer estar onde nos sentimos bem – acredita – la sentia-me bem. Por vezes nao sao os locais, sao as pessoas, outras é o reverso. Neste caso, sao ambas.

Desejando fugir... daqui, de qualquer lugar para lugar nenhum.