quarta-feira, abril 26

Gratificante Loucura II

Mais um dia abençoado pelos sentimentos que se fazem sentir duros sobre as carnes fustigando continuadamente a mente. São mais não ter que ter. Resultados nulos da substração da tua grande ausência pela tua comparência. É zero, é nada, é coisa nenhuma que não se vê, não se toca. Tantos sentires exponenciados por estes pensamentos que me percorrem aquando das horas vagas em que a minha mente desocupada insiste e persiste em manter te vivo. Larguei-te o corpo mas tu não me largas a mente! Prevaleces ao tempo abrigado nos passados conservadores dos registos que guardei de ti. Memorias que não se agarram e que das mãos escapam. Essências tuas que perduram à pútrida solidão. Aromas de hoje semelhantes ao de um ontem que juntos compartilhamos. Agora virias, e vens, tomar o lugar imediatamente ao meu lado, tocarias-me, e tocas-me. Sinto o ontem como que de hoje se tratasse. Utupia. Não sinto a tua mão fechada sobre a minha.... É loucura viver das quimeras, das fugas à realidade quebrante do ser. Ser? Não sei se sei ser de novo.

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