segunda-feira, novembro 21

From flesh to dust....

Abrir este caderno numa página qualquer já é um acto que estranho. Dias se passaram, a distancia aumentou esponencialmente e de ti, cada vez mais, não estou. As minhas mãos tremem ao sentir a tua textura roçar docilmente nos meus dedos inseguros. E temo, temo - ó solidão minha, mais não ser capaz. Palavras geram mais que palavras; são o inicio de varias reacções que se traduzem em raciocinios. Confesso-te aqui que foram palavras desembainhadas feitas perfidas facas que me atacaram. A cada centrimetro mais adentro do meu peito maior era a hemorragia de angustia que jorrava do corte que o seu gume ia provocando. De defesas expostas, a minha confiança foi se desvanecendo. Palavras feitas intrusos violaram o meu peribolo e, sem nada fazer, apenas observando vi espezenhada a fauna do meu jardim lajeado. Desejei tao intensamente até às veias tomarem lugar na tempora, não ter restabelecido a ordem interna que me desgovernava através da derrocada do meu muro de berlim. Palavras feitas Lâmia que me aniquilam. Lúrida expressão de quem vê e mais não crê, em si.

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