quarta-feira, novembro 2

Escrever é galáxia da imaginaçao.

Entristece-me não saber o que escrever.
A necessidade é tanta e o assunto tão pouco.
Já não há afluentes que desemboquem no leito do meu pensamento.
Esgotei o vocabulario em frases que se estendem infinidamente por uma infinidavel sucessao de folhas.
Sentir escritor é sentir um artista que pega num guardanapo e rabisca.
É tanto estar aqui e não estar mais.
É viajar, tanto quanto é sonhar.
É um poder que vicia, é pensar e comunicar.
É pensar que se pode mudar. É ter noçao que a mudança reside nas mãos.
É saber que os braços não apelidam à violencia, mas sim à presistencia.
Escrever é cavar até não haver mais terra a tapar.
É deixar a descoberto um mundo incerto.
Escrever é sofrer.
É dar à luz o que queriamos matar.
É materializar o que antes era abstrato.
É uma negação ao esquecimento.
Quando escrevo é assim, uma dor, por vezes, um medo de deixar soltar livremente o que aprisiono na minha mente.

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