terça-feira, maio 2

Ludibriares da Vista

Ilusões projectadas na vista.
Sedutoras tentações;
Apelos que a vida sedente pede o gosto.
Corpos gritam com vozes mudas lamúrias
Constestações mimadas
Almejares cobiçantes disfarçados a desdém
Confissões não assumidas em tons altos
Atestadas pelos agires corporais.

Convergires das vontades em corpos
Moldados à medida indefinida das carentes
Caricias ausentes dos toques que se esperam
Adiadas sensações pelos tempos -
Sucessões temporais desesperantes -,
Exasperantes negações!
Vendas que se pedem com urgências
Tapares dos enxergares da mente.

Mescla heterogénea dos caprichos;
Desejos súbitos sem berço dissolvidos
Nas fraquezas da razão face à reciprocidade
Dos enlances de corpos com corpos
Da coragem que se acovarda perante a solidão.
Garra que se perde sem as amarras carnais.
Outros que se vêm ao longe como resposta às
Questões não proferidas
Avistamentos solucionais.
Choques da razão contra as paredes não sustidas da
Sensação.

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