segunda-feira, março 6

O'Neill

- Já te disse, vai chover – admoestou O’Neill pai
Mas eu já sabia, muito antes de tais palavras serem pensadas
Que a chuva viria muito antes do sol se pôr, do dia acabar
Desde sonho transfigurado acordar.

- Leva o guarda chuva – continuou
Não vejo sentido nem motivo, pois água de algum lado virá
Quer seja do céu ou da cara, o rosto me molhará
E mesmo que confuda chuva com lágrimas que me pingam
O sentimento permanecerá.

- Não levo!
Nem ele, nem eu...

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