domingo, janeiro 8

Sentimento do Carente Crente
Transponho a barreira protectora do meu ser.
Mendigo por mãos de amparo
Palmas plenas de amor
Calores de regaços maternais
Aconchegos para os meus sentidos
Perdidos, mutilados pelas lagrimas
Derramadas ao sabor do sofrimento
Gotículas de água insaciantes
Da sede de vida.

Soltem me a alma indomável
Dessas camisas de força rigorosas
Camufladas em abraços reconfortantes
Enganos ledos da falta de visão do carente
Crente na compaixão do semelhante.
Não me deixem, imploro
Enclausurada a um canto nauseabundo
De salas pintadas com tons sombrios.

Agacho-me perante a solidão
E a tristeza pinga me do rosto
Em formatos aquosos
Que para os quais olho e enxergo
O reflexo da minha alma vazia
Enquadrada nos contornos da minha mente
E, choro.

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