Tanto de mim que existe em ti, Lisboa
A luz perde-se em mim
Como afluentes que transbordam sob suas margens delimitantes
São recordações nossas que de mim extravasam
Sem escolha em ser outra coisa se não somente memórias
Adociadas, roçadas lábio a lábio
Bebidas das nossas almas carentes despidas crentes
Em constelações de sonhos maiores
Que nós e que em nós vivem
Luz estrelada reflectida nestas calçadas polidas da velha Lisboa
Que percorremos com mentes descalças
A par das nossas mãos enlaçadas ao jeito de evocações liricas
De poemas que jamais lirei por não haverem poetas
Que dêm abrigo aos gestos que confidenciamos cumplices aos
Rossios meus em ti, desbotados pela vivacidade ausente dos risos
Soltos em recantos de exposições enologicas portuenses
Licores saturados de sensações mutuamente sentidas
Acolhidas em regaços de Lisboa.
quarta-feira, março 15
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