Alar do Pensamento
Humedeço os olhos com o medo que sei existir em mim. Tamanhas perturbações mentais que me apartam da segurança de um sorriso francamente sentido. Anseio que o tempo que passa por mim ágil pare. Sofregamente exasperada. Promessas quebrantes de um futuro melhor contidas no olhar outrora pujante. Que minutos pacedeçam asfixiados pelas mãos da insegurança de um regaço mal formado. Mentes frágeis. Insuficiente capacidade de assimilação de outras épocas tão distantes das minhas. Miradores em que não se avistam faróis. Vigas do tremor que me sustêm, que me fundam a terra e, com esta, à vida. Mãos. Dá-me a mão – sim -, a tua mão. Antes que com a alma pesada e o corpo entorpecido caia sobre terrenos duros da exaustiva realidade.
sexta-feira, março 24
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