sexta-feira, outubro 7

Amigas
Sentada à janela a fumar um cigarro, imagino-vos também às vossas janelas ou nos vossos abrigos seguros, também a praticar os mesmo acto. E nesta cumplicidade que nos une, sentimos diversas coisas. O meu pensamento vai de encontro ao vosso, realmente, nestes meus momentos de reflexao voces estão presentes, o que só prova a importancia singular que cada uma de vós tem para mim. Pequenas palavras um tanto ao quanto confortantes são a unica coisa que vos posso dar. Adorava poder vos auxiliar em mais, trocar de posiçao convosco, impedir que se sintam assim. Todavia não posso, tenho que me limitar ao meu corpo e ao pouco que está ao meu alcance para vos ajudar. Como desejo que voces tenham força para ultrapassar este periodo mais dificil da vossa vida. Não podemos saltar esse capítulo tão crucial das nossas vidas, temos de le-lo até ao fim, para assim percebermos a continuaçao do livro. O que eu quero que voces acreditem, nao apenas oiçam, é que sao as nossas mãos que seguram as canetas e escrevem o futuro. Na nossa mão está o modo como traçamos a linha dos nossos percursos. Quando sentimos as coisas tão dolorosamente, onde cá dentro doi, torna-se complicado querer pensar racionalmente sobre. O primeiro instinto é revoltarmos nos contra o mundo. Façam-no, exponham-se, libertem-se de todos os sentimentos que as magoam. Ao compartilharem torna-se mais fácil suportar, aos nossos olhos a dor não diminui mas parece mais facil de ultrapassar. Amigas, um dia, dois dias, tres dias, perdi-lhes a conta - voces tiveram lá - algumas vezes ao compartilhar o meu silencio, outros com palavras de força, ou tão somente um abraço. Agora quero eu dar vos um pouco que voces me deram. A vida é um dar e receber incessante.

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