domingo, setembro 25

“I can feel you pull away...”
E uso esta folha como sendo o único modo que encontrei para te dizer o que me vai na alma. Uma vez que as minhas palavras não podes ouvir, mesmo que grite, por mais perto que estejas não me irás ouvir. Por mais que me custe, julgo que a razao está em nao quereres. Tantas vezes me ouviste, que haveria de chegar o momento de romper com esse ciclo vicioso. Tudo entre nós, ao longo destes anos, parece ter um dado padrão. Tentando romper com esse padrao, rompi connosco. Ao tentar que fosses feliz, que caminhasses pelo teu proprio pé e prosseguisses a tua vida, fui me tornando progressivamente a má da vida. Porquê? Porque fui a unica que teve a coragem de tomar uma decisao por mais errada que esta fosse.
Quando nos separamos ficou o vazio que o teu espaço ocupava em mim. Estavamos demasiado absorvidos pela presença um do outro, dependentes até. E eu nunca me tinha sentido dependente de nada, muito menos de ninguém. Este apartar deu lugar novamente à amizade que um dia tinha existido. Todavia, nao podemos negar que depois de tudo, uma amizade seria prematura pois nunca seria uma verdadeira amizade. Afastamo-nos, aliás, eu provoquei tal. Suspendi a nossa amizade, mesmo sabendo que a vida não para, assim como, nenhuma dor quando iniciada pode ser travada até se encontrar a cura para tal. Cura essa personaficada por um dialogo que permitisse a resoluçao das nossas questoes. Tudo foi esclarecido, iniciando mais um ciclo. Os erros repetiram-se, o tempo nada tinha alterado em nós, a meu ver. Recentemente, deu-se mais um corte, mais uma vez saquei do bisturi e cortei o nosso elo de novo. Mas desta vez ha algo definitivamente diferente. Ha algo em ti que nao me deixa suturar o estrago. Não me deixas explicar os motivos, as razoes, os porques que nos levararm a este ponto. Um ano de oscilaçoes, de correntes e vagas sem conseguirmos alcançar algo, já nao digo igual, mas semelhante ao que tinhamos antes de tudo. Não te sei dizer porque que as coisas se processaram assim para nós. Sei que pela primeira vez estás a fazer o que eu te pedi inumeras vezes, acontece que nao olhas a quem. Magoei-te inumeras e sucessivas vezes, que se calhar estas te ensinaram a preservar-te da minha presença. Pois, que sou eu se não somente a personificaçao do mal? Para ti, fui um dia fonte de toda a felicidade possivel e toda a dor que tu achavas ser impossivel haver. Agora peço-te encarecidamente que me deixes dizer-te uma palavra – desculpa. Gostava de te a dizer sentados a comer gelado no banco do carro. Ou então, nos degraus que existem aqui ao lado. Ou talvez... naquele jardim à sombra daquela arvore.
Selando de vez a nossa história.

Quando o fim bate a porta, ha que deixa-lo entrar...

"I've been down here before lost myself and so much more find my way out of the game again open up my head and take it in just like always "

1 comentário:

Anónimo disse...

no meio de tanta palavra pah estas fikaram:"saquei do bisturi e cortei o nosso elo ..."lool e não fosse a sara aluna de ciencias:P
curti...